🌱 A Importância das Matas Ciliares: Guardiãs dos Rios e da Vida

Você já parou para observar as margens de um rio e notou aquela faixa verde que acompanha o curso da água? Essas áreas são chamadas de matas ciliares – como se fossem “cílios” protegendo os olhos, elas protegem os rios. Mas seus benefícios vão muito além do que imaginamos. Em tempos de crise ambiental, mudanças climáticas e desastres naturais, restaurar e preservar as matas ciliares pode ser uma das atitudes mais inteligentes e impactantes. 🏞️ O que são Matas Ciliares? As matas ciliares são formações vegetais nativas que margeiam cursos d’água como rios, córregos, riachos e lagos. Elas fazem parte das chamadas áreas de preservação permanente (APPs) e têm a função ecológica de proteger os recursos hídricos, o solo e a biodiversidade local. Fonte da Imagem: Conteúdo técnico: Ruan Smaniotto. Ilustração: Caio Miranda Resende. Tipografia: Cláudio Galvão. Disponível em: https://institutoastral.com.br/como-a-mata-ciliar-protege-o-rio/ 🌊 1. Barreiras Naturais Contra Enchentes Uma das maiores funções das matas ciliares é o controle das enchentes. Em regiões onde a vegetação foi removida, o solo perde a capacidade de absorver a água da chuva. Isso faz com que a água escoe diretamente para os rios, aumentando seu volume de forma abrupta — e aí vem a enchente. Com matas ciliares preservadas: A água da chuva é absorvida lentamente pelo solo. O excesso de água infiltra no lençol freático, ao invés de correr diretamente para o rio. As raízes das árvores seguram a terra, impedindo deslizamentos. Veja neste vídeo, uma explicação bem prática: Abaixo, temos duas fotos do bairro Parque Mambucaba, em Angra dos Reis, RJ. À esquerda, em condições normais e à direita, durante uma enchente, em 05/04/2025. 🌾 2. Proteção do Solo Contra a Erosão As raízes das plantas das matas ciliares funcionam como verdadeiras redes de sustentação do solo. Quando chove, elas impedem que a terra seja levada pela força da água — o que evita o assoreamento dos rios. O assoreamento é o acúmulo de sedimentos no fundo dos rios, que diminui sua profundidade e capacidade de vazão. Isso aumenta o risco de enchentes e prejudica a vida aquática. 💧 3. Melhora na Qualidade da Água A cobertura vegetal atua como um filtro natural, retendo impurezas, agrotóxicos, sedimentos e outros poluentes antes que cheguem ao curso d’água. O resultado? Águas mais limpas para o consumo humano, para a fauna aquática e para uso agrícola. Além disso, as matas ajudam a manter a temperatura da água, o que é essencial para a sobrevivência de muitas espécies de peixes e outros organismos. 🐦 4. Refúgio para a Fauna e Flora As matas ciliares formam corredores ecológicos, permitindo que animais silvestres se desloquem com segurança entre diferentes áreas. Elas são abrigo, alimentação e local de reprodução para inúmeras espécies. Inclusive, em áreas urbanas e rurais degradadas, restaurar a mata ciliar pode ajudar na recolonização natural da fauna, incluindo aves, mamíferos, insetos polinizadores e até animais aquáticos. 🌳 5. Reposição da Umidade do Ar As árvores das matas ciliares liberam água pela transpiração, o que ajuda a manter o microclima local mais úmido e agradável. Isso também influencia nas chuvas locais, que podem ser mais regulares em regiões com vegetação abundante. 🌾 6. Recuperação Ambiental e Sustentabilidade Investir na recomposição das matas ciliares é um ato de sustentabilidade. Muitas propriedades rurais e comunidades têm promovido o reflorestamento dessas áreas com espécies nativas, o que: Gera empregos locais em viveiros de mudas e plantios. Traz benefícios a médio e longo prazo para a agricultura (como mais água e solo fértil). Valoriza as terras e melhora a paisagem. 🛠️ Como Recuperar uma Mata Ciliar? Se a sua propriedade rural ou comunidade urbana perdeu a vegetação ribeirinha, saiba que é possível recuperá-la com algumas etapas: Isolamento da área: impedir que gado ou pessoas acessem a margem. Controle de espécies invasoras. Plantio de espécies nativas, como ingá, ipê, embaúba, aroeira, entre outras. Manutenção periódica: capina seletiva e replantio se necessário. 🧠 Educação Ambiental e Consciência Coletiva Mais do que plantar árvores, é preciso plantar ideias e mudar mentalidades. A proteção das matas ciliares deve ser um esforço coletivo: de governos, produtores rurais, escolas, comunidades e cidadãos. E você pode começar hoje, compartilhando esse conhecimento com quem precisa saber disso. 💚 Conclusão: Cuidar das Matas Ciliares é Cuidar da Vida Se você vive em uma região atingida por enchentes ou percebe mudanças na qualidade da água e no clima da sua região, talvez a resposta esteja nas margens dos seus rios. As matas ciliares são um patrimônio ambiental silencioso, mas essencial. A boa notícia é que elas se regeneram — basta que a gente dê a elas uma chance. E você pode ser essa chance. 🌿

18 ideias de Móveis de alvenaria: resistência e economia a longo prazo

Depois de perder tantos móveis em enchentes, eu decidi mudar completamente minha forma de mobiliar a casa. A dor de ver tudo boiando — armário desmanchando, cama inchando, sofá coberto de lama — me fez buscar uma solução definitiva. E foi assim que conheci o valor dos móveis de alvenaria. Esses móveis são feitos com tijolo, cimento e, geralmente, revestidos com cerâmica ou outro material resistente à umidade. A ideia é simples: criar estruturas fixas, robustas, que não saem do lugar, não apodrecem e não viram lixo a cada nova cheia. E posso dizer com propriedade: foi a melhor decisão que tomei. A minha cama, por exemplo, hoje é toda de alvenaria. O estrado foi feito com madeira maçaranduba, extremamente resistente, que não se deteriora com a água. Já o guarda-roupa fiz com tijolo e revesti com piso, como se fosse mesmo uma parede embutida. As prateleiras internas são de madeira naval, que também aguenta muito mais do que as convencionais. O resultado é um móvel funcional, bonito, resistente e que me dá a paz de não precisar mais me preocupar a cada alerta de chuva. Os móveis de alvenaria podem parecer, à primeira vista, uma solução rústica ou pesada. Mas, com um bom acabamento, eles se integram ao ambiente de forma elegante. E o mais importante: são inteligentes para quem vive em área de risco. Exemplos práticos de móveis de alvenaria Bancadas de cozinha e pias: com estrutura de tijolo e apenas as portas em madeira tratada ou PVC. Dá para embutir o fogão e a pia, e ainda deixar espaço para armários aéreos que não tocam o chão. Sofás fixos: estrutura de tijolo, com assentos de almofadas soltas — que você pode levar embora em caso de evacuação. Camas com base de alvenaria: além de muito firmes, não apodrecem. O estrado pode ser de madeira resistente ou ripado removível. Estantes e guarda-roupas embutidos: feitos diretamente nas paredes mais seguras da casa. Com nichos, prateleiras e portas feitas sob medida. Economia real e emocional Muita gente ainda prefere comprar móveis prontos pela praticidade, mas a depender da qualidade, eles podem não durar muito — principalmente os mais econômicos, como os de madeira compensada ou MPF. Esses materiais não suportam a umidade, e quando o barro entra, a perda é total. Já os móveis de alvenaria representam um investimento único, que evita a reposição constante e o desgaste emocional de ver tudo sendo perdido mais uma vez. Eles não apenas resistem à água, mas também geram um senso de segurança e estabilidade. A cada móvel que construí, senti que estava reconstruindo não só minha casa, mas também minha confiança no lar. Além disso, eles são personalizáveis. Você pode fazer do seu jeito, com seu gosto, e aproveitando ao máximo o espaço disponível. Uma escolha que dá paz Hoje, quando começa a chover forte, ainda fico em alerta. Mas saber que minha casa tem uma estrutura pensada para resistir me alivia. Não é que os móveis de alvenaria resolvam tudo, mas eles evitam aquele prejuízo imediato, aquele trauma visual e emocional de ver seu lar desmanchando. Se você, como eu, já passou por isso — ou vive em uma região de risco — pense com carinho nessa alternativa. É uma forma de cuidar da sua casa, da sua saúde mental e do seu bolso. Agora vou te mostrar alguns móveis de alvenaria que são incríveis pra você começar a planejar o seu lar novamente. E se quiser a indicação do meu pedreiro de confiança, é só deixar um comentário aqui. Fonte das Imagens: Pinterest

Até quando passar por isso?

🌧️ A pergunta que não quer calar Será que você vai passar por essa tragédia novamente? Será que sua casa será novamente invadida por uma enchente? Como moradora do Parque Mambucaba, conheço profundamente as dores e realidades de quem vive aqui. Não basta dizer que as pessoas devem “ser retiradas” dessas áreas. Essa não é uma solução viável — nem emocional, nem cultural, tampouco econômica. Pergunte a qualquer morador que construiu sua casa com sacrifício, o que ele faz após viver sua primeira enchente. A resposta, na maioria das vezes, é: eleva a construção. Casas com elevações superiores a um metro, antes mesmo do térreo, são comuns nas regiões mais baixas do bairro. É uma resposta prática e simbólica de resistência. Quem tem casas alugadas, por vezes, consegue se mudar. Mas não são todos. Uma pergunta frequente para quem busca alugar por aqui é: “Vai água nessa casa?” E a resposta costuma vir acompanhada de um histórico: “Já faz muitos anos que não dá enchente aqui”. Isso cria um falso senso de segurança. 🚨 O aviso veio, mas por que muitos não saíram? Desta vez, a Defesa Civil emitiu diversos alertas sobre o volume de chuva e a necessidade de evacuação. Escolas municipais suspenderam as aulas já na sexta-feira, dia 4, para evitar maiores transtornos. Era um aviso claro de que algo grave estava prestes a acontecer. No entanto, nem todos os estabelecimentos aderiram à recomendação. Minha filha mais velha, por exemplo, saiu do trabalho tarde da noite, chegando poucas horas antes da enchente. Como muitos outros moradores, não teve tempo de se preparar para o que viria. Felizmente, está bem. Então fica a pergunta: se não foi por falta de aviso, o que leva alguém a permanecer em casa até o momento em que já não é mais possível sair por conta própria? A psicanálise nos ajuda a compreender esse comportamento. Muitas vezes, trata-se de uma negação inconsciente como forma de autoproteção: a pessoa acredita, sinceramente, que “não vai acontecer de novo”. Outras vezes, é o trauma passado que paralisa, impede de reagir e até mesmo de pegar documentos. Há também a identificação simbólica com a casa, vista como extensão de si, tornando a ideia de abandono emocionalmente impossível. Apego aos bens, que carregam memórias e história, e a ilusão de controle, aquela sensação de que “dessa vez vou conseguir segurar as pontas”, completam esse cenário de resistência silenciosa. 🌍 A enchente não é só a chuva A maioria das pessoas associa enchente apenas a chuvas intensas. Mas a realidade é mais complexa — ainda mais agora, com os efeitos das mudanças climáticas se intensificando. As enchentes são o resultado de uma combinação de fatores: calor extremo, períodos de seca prolongados seguidos por tempestades violentas, solo degradado e falta de infraestrutura urbana. O desmatamento, a impermeabilização das ruas, o lixo acumulado nos bueiros e o assoreamento dos rios agravam a situação. E, como se não bastasse, temos o descaso histórico com o planejamento urbano. Parece até que esquecemos o que aprendemos nas aulas de Ciências do ensino fundamental: o ciclo da água, a importância da vegetação, o papel do solo em absorver as chuvas. Minha filha participou de uma Feira Cultural recentemente cujo tema era justamente Desastres Ambientais. As crianças explicavam direitinho o ciclo da chuva e os efeitos da degradação ambiental. Fico me perguntando: se até elas entendem, por que os nossos governantes só agem quando tudo já está destruído? De que adianta liberar um auxílio emergencial de R$ 3 mil se a tragédia vai se repetir no ano seguinte? 🧭 E se começássemos por nós mesmos? Este ano, a tragédia foi maior, mas também foi maior o apoio popular. A mobilização comunitária foi linda. Mesmo quem não foi atingido diretamente sentiu na pele a dor do outro. Porque, se a casa do vizinho encheu, não está tudo bem. Só estará quando todos tiverem o mínimo de dignidade. As igrejas foram incansáveis, os pontos de arrecadação multiplicaram-se, e vimos uma verdadeira corrente de solidariedade tomando conta do bairro. Mas precisamos mais do que ajuda pontual — precisamos de organização coletiva e preventiva. Um bom começo seria criar mapas simples (em papel ou digital) indicando: Onde a água sobe primeiro Quais são as saídas seguras Onde estão os pontos de encontro protegidos (como escolas, igrejas ou quadras cobertas), que precisam estar equipados com chaves acessíveis, água potável, cobertores e colchonetes. Precisamos também pensar em quem mais precisa. Um cadastro comunitário de vulneráveis pode salvar vidas. Idosos, pessoas com deficiência, moradores sozinhos ou com crianças pequenas — todos devem ser identificados e conectados a uma “dupla de cuidado”, um vizinho ou amiga que seja responsável por ajudá-los em caso de evacuação. 📢 Comunicação e apoio: o que funcionou e o que pode melhorar Um ponto forte dessa crise foi o uso dos grupos de WhatsApp já existentes, especialmente os de vendas e comércio local. Eles foram cruciais para alertar sobre a subida da água, pedir ajuda e compartilhar informações confiáveis. Mas e se acabarem a luz e a internet? Sugestões simples podem salvar vidas. Um sistema de sinalização entre vizinhos pode incluir: Panos vermelhos na porta = ajuda urgente Panos brancos = todos seguros Buzinas curtas e repetidas = evacuação imediata Você tem alguma outra ideia que possa funcionar sem internet? Essa é uma discussão que vale ser feita nas ruas, nas igrejas, nas escolas. Comunicação salva. Além disso, precisamos de estratégias para apoiar os desabrigados. Casas com dois andares ou que não foram atingidas podem acolher famílias temporariamente. É preciso também organizar pontos fixos para doações, com alimentos, roupas e produtos de higiene, armazenados em prateleiras altas. Outro passo importante é organizar mutirões para refazer documentos perdidos, com apoio da Defensoria Pública ou de ONGs. E que tal promover treinamentos comunitários? Ensinar, de forma simples, como agir em uma emergência: quanto tempo você tem para sair, pra onde ir, como ajudar o outro. 🌱 Conclusão: esperança que age, não espera É verdade, a enchente devastou parte do nosso …

🚨 ATENÇÃO: Enchente no Parque Mambucaba – Angra dos Reis 🚨

Hoje estamos enfrentando uma forte enchente aqui no bairro Parque Mambucaba, em Angra dos Reis. As chuvas intensas causaram alagamentos em várias ruas, invadindo casas e trazendo preocupação para muitas famílias da região. De acordo com a prefeitura, entre a noite de sexta-feira, 4 e a madrugada deste sábado, a chuva acumulou 347 milímetros no município. Em muitas casas a água subiu no segundo andar. Tivemos o apoio da própria população, que se voluntariou em ajudar os mais necessitados, principalmente crianças e os idosos acamados. Barcos a motor e jet-skis auxiliaram na retirada dessas pessoas. Foi a maior enchente de todos os anos. A correnteza fortíssima levou tudo que viu pela frente, ficando difícil até para os animais. É um momento delicado para todos nós, especialmente para quem teve perdas ou está ilhado. Se você mora na área, fique atento aos alertas da Defesa Civil e evite transitar em áreas alagadas. Se puder, ofereça ajuda a vizinhos, principalmente idosos, gestantes e famílias com crianças. Locais que estão acolhendo os desabrigados da enchente: Colégio Frei Bernardo CEMEI Igreja Batista Viva Igreja Católica (Matriz) Igreja Adventista Igreja Evangélica Palavra e Poder Estão precisando de roupas, lençóis, toalhas, produtos de higiene, água. Igreja de Madureira fará a distribuição de uma sopa, hoje, às 18 horas. 📞 Em caso de emergência, ligue 199 (Defesa Civil) ou 193 (Bombeiros). Essa foto é da casa da minha mãe na rua 10. A água passou já do muro. Muitas famílias perderam tudo que tinham, menos a vida. Será duro demais recomeçar tudo de novo. Nem alimento essas pessoas têm. As estradas foram bloqueadas, sem linhas de ônibus, está um verdadeiro caos. Áreas como Areal, Residencial Paraíso, Rua 50, 54, Sertão do Itapicú, alguns pontos da Avenida Principal estão completamente alagados. Vamos nos apoiar como comunidade. Toda força às famílias atingidas. Que a chuva cesse logo e possamos reconstruir com solidariedade e esperança. 🙏🌧 #ParqueMambucaba #AngradosReis #Enchente #Chuva #Solidariedade